Alguns sociólogos definem o grupo de pessoas nascidas a
partir da década de 90 como sendo a Geração Z, termo inspirado na primeira
letra da onomatopeia zap, que remete
a algo feito instantaneamente e em constante mudança. Segundo a enciclopédia livre
Wickpédia, zapear é o ato de mudar rápida e repetidamente de
canal de televisão, websites ou frequência de rádio, de forma a encontrar algo
interessante para ver ou ouvir. Tais
atitudes e princípios se tornaram uma das principais marcas da Geração Z, que
passa boa parte do tempo zapeando nos
notebooks, tablets etc. Esse é o padrão ou o abc da nova geração. Mas, em minha opinião, há outros aspectos que também
favorecem o emprego da letra Z para classificar sociologicamente este grupo
de pessoas.
O primeiro aspecto é básico e previsível, pois se trata de simples
coerência e respeito para com nosso alfabeto. Ora, considerando que a
sociologia define como Geração X os que nasceram entre 1960 e 1980, e Geração Y
os nascidos entre 1980 e meados da década de 90, nenhuma outra letra poderia representar
melhor a sequencia de X e Y do que a letra Z, não é mesmo? É simples mas é verdadeiro.
O segundo aspecto reside no fato da letra Z ser a primeira
letra de um dos modismos e conceitos mais usados nestes últimos tempos: zumbis. São filmes, revistas,
propagandas, desenhos animados, games, festas, estereótipos e uma série de
coisas que, direta ou indiretamente, passam pela letra Z, de zumbi (aquele
mesmo Z que antigamente era de zabumba e de Zorro). E a maioria da galera curte
muito esses mortos-vivos que, é óbvio, são apenas de mentirinha ou ficção.
Por último, o que mais fortalece a candidatura da letra Z
para caracterizar as novas gerações é o uso constante, incondicional e quase compulsivo
dos smartiphones e similares. Aí você pode me questionar, dizendo: “Peraí! Smartiphones e similares começam com a letra S e não com Z. É verdade. Mas já notou
a infinidade de jovens e adolescentes que andam pela cidade e atravessam as ruas
sem tirar os olhos dos smartiphones e similares? Essa é a questão. Eles ficam
vidrados na telinha, com os músculos enrijecidos, tesos, hipnotizados, como se
tivessem se transformado em zumbis de verdade. Aí, ó! Viu? Olha o Z de Zumbi outra
vez! Semana passada eu quase atropelei uns cinco desses de uma só vez numa
avenida perto de casa, mas eles nem perceberam. Seguiram em frente sem olhar
pros lados, quase catatônicos, zapeando e zumbizando no celular. E isso não é
mentirinha nem ficção.
Considerando que depois da letra Z não existe mais nada, e
que o as mudanças tem acontecido num zap,
é bom a gente começar a pensar logo em qual será a letra do alfabeto mais
apropriada para caracterizar a próxima geração. Ou teremos que escolher o abc de outro alfabeto?
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